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Veja comentários de analistas sobre balanço da Vibra

A Vibra Energia reportou queda de 45% no lucro líquido no quarto trimestre de 2022 no comparativo anual, para R$ 566 milhões. No acumulado de 2022, a companhia registrou redução de 38,4% no lucro, para R$ 1,537 bilhão.

BTG
A Vibra Energia apresentou resultados operacionais melhores que o esperado e geração de fluxo de caixa livre robusta mesmo em um quarto trimestre difícil para o setor de combustíveis, diz o BTG Pactual.

Os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares escrevem que retirando efeitos não recorrentes de perdas com estoques e operações de proteção cambial, as margens vieram acima do esperado.

“As perdas com estoque da Vibra foram o dobro dos competidores e a estratégia de ‘hedge’ da companhia se mostrou arriscada, com a empresa tentando arbitrar oportunidades”, comentam.

O banco diz que a Vibra conseguiu adicionar novos postos à sua rede e os volumes se mantiveram em patamares saudáveis mesmo com a comparação anual complicada, o que mostra a força competitiva da companhia.

Neste ano, a empresa ainda deve ficar inserida em um contexto de volatilidade do setor, mas pode ser impulsionada por novas iniciativas da companhia. No entanto, os papéis continuam sem gatilhos de curto prazo, reduzindo sua atratividade.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 28. Há pouco, as ações caíam 7,09%, cotadas em R$ 13,24.

Citi
Os resultados da Vibra Energia no quarto trimestre foram fracos, o que já era esperado, impactados por perda com estoques e com operações de proteção cambial (“hedge”), diz o Citi.

Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que os volumes da companhia não apresentaram crescimento anual, com queda em óleo combustível compensando a alta em gasolina, etanol e querosene de aviação.

O lucro líquido foi afetado por uma liberação de capital de giro menor que o esperado e as margens decepcionaram, com as dinâmicas do mercado de combustíveis mais desafiadoras do que as empresas do setor projetavam, afirma o banco.


“Apesar dos resultados fracos, ainda vemos a Vibra como a melhor opção de investimento no setor de distribuição de combustíveis, com múltiplos descontados na comparação com pares e perspectiva de dividendos interessantes em 2023”, comentam.

O Citi tem recomendação de compra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 27, potencial de alta de 89,4% sobre o fechamento de ontem.

Ativa
A Vibra entregou um resultado dentro das expectativas no quarto trimestre de 2022, ainda enfrentando relevantes desafios à melhor execução de sua proposta comercial em função da volatilidade das condições de mercado, de acordo com a Ativa Investimentos, em relatório.

“Em um trimestre ainda marcado por volatilidade nos preços de derivados e menores volumes devido à frustração de demanda em diesel, as margens continuaram a se mostrar apertadas e resultaram em condições ainda desafiadoras para Vibra”, escreve o analista Ilan Arbertman.

Segundo ele, devido à uma boa performance em despesas operacionais, a Vibra conseguiu apresentar uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima de seus pares, embora levemente inferior às expectativas.

O analista diz ainda que, com um resultado financeiro em linha com a projeção, o lucro da Vibra também se mostrou próximo às estimativas, com fluxo de caixa livre positivo, o que somado à evolução nos postos de serviço e manutenção de participação de mercado, deve contribuir para que uma recepção neutra dos resultados da empresa.

Credit Suisse
Os resultados da Vibra no quarto trimestre trouxeram sinais contraditórios, que devem ser vistos como negativos pelo mercado, diz o Credit Suisse. O banco, porém, tem uma visão positiva, pois atribui maior peso à geração de caixa real e ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente como indicador de desempenho futuro.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem, em relatório, que o Ebitda veio forte, mas o Ebitda ajustado veio abaixo das expectativas, enquanto o Ebitda recorrente parece animador. Já o lucro líquido superou as projeções mas impulsionado por eventos pontuais, dizem eles.

O fluxo de caixa, por sua vez, foi um destaque positivo, embora ajudado pelo capital de giro, e a dívida líquida caiu substancialmente, apesar do pagamento de dividendos, assim como a alavancagem, escrevem os analistas. Para eles, ganhos extraordinários de balanço provavelmente se traduzirão em forte fluxo de caixa em 2023.

O Credit Suisse tem recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 25, potencial de alta de 75% ante o fechamento de ontem na B3.

Santander
Os resultados da Vibra Energia no quarto trimestre superaram expectativas conservadoras para o período, com margens acima do esperado, refletindo a robustez operacional da companhia, diz o Santander.

Os analistas Christian Audi e Eduardo Muniz escrevem que o quarto trimestre foi complexo e volátil para o setor de combustíveis. Eles veem poucos gatilhos de curto prazo para as ações da Vibra.

O banco destaca que a empresa precisa avançar na geração de fluxo de caixa livre das aquisições recentes, incluindo Comerc, para convencer o mercado da sua proposição de valor, além de retomar pagamento de dividendos mais elevados.

O Santander tem recomendação neutra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 17,50. Há pouco, as ações caíam 1,12%, cotadas em R$ 14,09.

Fonte: Valor Investe