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BC batiza o real digital como Drex e projeta uso menor de cédulas

O Banco Central (BC) anunciou ontem que a iniciativa do real digital vai se chamar Drex. “(Estamos) dando um passo a mais nessa família do Pix que a gente criou, e fez tanto sucesso”, disse o coordenador da iniciativa do BC, Fabio Araujo. A expectativa é de que os testes com os consumidores finais comecem entre o fim de 2024 e o início de 2025.

O real digital, ou Drex, não é um criptoativo, como são o bitcoin e o ethereum. Na verdade, ele pertencerá a uma categoria chamada CBDC (ou “moedas digitais de banco central”, na sigla em inglês).

Como o nome indica, uma CBDC é a versão digital da moeda soberana de um país, que só pode ser emitida por autoridades monetárias (os bancos centrais). A moeda será produzida e regulada pelo BC seguindo as regras do Sistema Financeiro Nacional. Um real digital irá equivaler a um real físico.

Ainda de acordo com o BC, bancos centrais de diferentes países já estão estudando aspectos operacionais e tecnológicos de um possível sistema de CBDC para suas próprias moedas. Vale destacar que não há registro de planos para criação de uma moeda digital “universal”.

PROJETOS.

Cerca de nove países já lançaram suas CBDC e outros 71 países, incluindo o Brasil, já estão estudando a sua própria moeda digital. Alguns deles, como a Suécia, a China e a Coreia do Sul, estão em fase de execução dos projetos-piloto.

A ideia é de que a CBDC brasileira seja uma alternativa ao uso de cédulas. A princípio, o real digital poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível, como depósito bancário convencional ou real físico.

O BC explicou também que uma das diretrizes para o desenvolvimento de uma moeda digital é a sua “interoperabilidade”, ou seja, a comunicação entre o real digital e outros meios de pagamento hoje disponíveis. Assim, será possível, por exemplo, fazer pagamentos em lojas, por meio do prestador de serviço de pagamentos – banco, IP ou outra instituição que venha a ser autorizada pelo BC, ou mesmo por meio de Pix. Ainda conforme a instituição, as pessoas poderão também transferir reais digitais para outras pessoas, sacar seus reais digitais passando para o formato físico e usá-los pagar contas e impostos.

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo