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Biocombustível é um importante substituto para fontes fósseis

A descarbonização tem sido pauta mundial e tratados globais como o Acordo de Paris e a campanha Race to Zero e Race to Resilience, dada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e foi um dos temas da 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26).

O objetivo é a contribuir para a ampliação de estratégias e planejamentos que visam a diminuição de emissões de gases de efeito estufa, como metano e CO2, que ganham cada vez mais destaque.

No entanto, um dos entraves é a transição energética dos combustíveis fósseis à alternativas energéticas de fontes renováveis . Fontes de geração de energia limpas podem contribuir para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

Assim, o biocombustível é uma das opções mais viáveis à realidade da economia brasileira e é feito a partir de biomassa, como cana-de-açúcar e óleos vegetais, ou resíduos orgânicos, residenciais e industriais.

O Brasil é referência mundial na produção de etanol e biodiesel, vindos de biomassa. O primeiro é feito pela fermentação da sacarose de vegetais como a cana-de-açúcar e o segundo, a partir de óleos vegetais (soja e girassol).

Ambos são fontes renováveis e a queima produz menos gases e partículas que, por exemplo, o gás natural, a gasolina e o diesel. Além disso, suas plantações consomem CO2, o que gera um ciclo neutro do carbono.

Dessa forma, o impacto ambiental é minimizado. Aliás, todo diesel de origem fóssil produzido no país recebe a adição obrigatória de 13% de biodiesel, que serve como fonte de mitigação das emissões automáticas.

Outra opção benéfica ao meio ambiente é o biogás , biocombustível obtido pela fermentação anaeróbica de matéria orgânica, ou seja, resíduos residenciais ou industriais.

Com a purificação do biogás, obtém-se o biometano , que pode ser utilizado para fins veiculares, instalações residenciais, industriais e comerciais. A queima do biometano como combustível, embora gere CO2, é mais benéfica que sua direta emissão à atmosfera, já que o potencial de aquecimento do metano é quase 80 vezes maior que o do CO2.

A purificação do biogás para produção de biometano já é uma realidade no mundo e no Brasil. A Air Products já tem participado deste mercado, uma vez que é fabricante de membranas para purificação (upgrading) do biogás para biometano, as quais já estão em operação em diversos projetos pelo mundo.

“No Brasil, pretendemos ampliar ainda mais nossa participação através do investimento, integração de diferentes tecnologias, operação e manutenção destes sistemas de maneira a acelerar as oportunidades locais”, explica Marcus Silva, Gerente Geral da Air Products Brasil e Argentina.

Fonte: iG