Pular para o conteúdo

sindtrr

(11)2914-2441

Bolsonaro fala sobre a troca no comando da Petrobras

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que mudou o comando da Petrobras por “alguém mais profissional” para poder dar “transparência”. O presidente tem reclamado da comunicação da estatal junto à população e disse que a Petrobras “não fala” e “não usa o seu marketing”.

— Eu indico para o conselho a sua admissão e demissão. Um dos motivos principais é alguém mais profissional lá dentro para poder dar transparência. A Petrobras não usa o seu marketing, ela não fala. O que eu falei para vocês aqui era pra a Petrobras estar falando — disse em entrevista ao “Irmãos Dias Podcast”.

O presidente reforçou que “não apita” nas questões da estatal, mas que acaba saindo como culpado pelas decisões da diretoria. Afirmou que a Petrobras é um “ponto de desgaste enorme”.

— Agora, fica no meu colo. Tudo cai no meu colo a questão da Petrobras. Eu não apito em nada e cai no meu colo. E obviamente é um ponto de desgaste enorme para mim — afirmou.

A saída de Silva e Luna, que é general da reserva, foi anunciada no fim de março. Inicialmente, o governo indicou o economista Adriano Pires para o cargo. Na semana passada, contudo, Pires desistiu, e o governo decidiu indicar José Mauro Coelho, ex-secretário do Ministério de Minas e Energia. As trocas devem ser confirmadas em uma assembleia geral de acionistas da Petrobras, marcada para quarta-feira.

Silva e Luna ficou cerca de um ano no cargo. Ele foi uma escolha pessoal de Bolsonaro, que estava insatisfeito com a gestão do economista Roberto Castello Branco na empresa. O presidente elogiava, na época, a atuação de Silva e Luna no comando da Itaipu, empresa que ele dirigia antes de assumir a petrolífera.

Nos últimos meses, no entanto, Bolsonaro irritou-se com os constantes reajustes dos preços de combustíveis — o mesmo motivo da saída de Castello Branco.

No mês passado, um dia após o governo federal anunciar a troca de comando na estatal, Bolsonaro disse que a mudança era “coisa de rotina”.

Fonte: O Globo