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Carros movidos à combustíveis sintéticos estão liberados na Europa depois de 2035

No último sábado (25), o  comissário europeu para o Ambiente, Frans Timmermans, afirmou que o bloco e o governo da Alemanha chegaram a um acordo sobre o uso de combustíveis sintéticos, chamados de electrofuel, para atingir as metas climáticas do bloco depois de semanas de impasse. Isso significa que, os combustíveis sintéticos estão fora do banimento geral de combustão interna a partir de 2035.

Inicialmente, o plano da União Européia de permitir somente a fabricação de carros livres de emissões após 2035 emperrou quando a Alemanha levantou objeções de última hora, pressionando para permitir o registro de veículos movidos a e-fuel,  para irritação de outros países do bloco e negociadores da Comissão Europeia.

Desse modo, o texto final permite que veículos a combustão continuem sendo registrados após 2035, desde que utilizem exclusivamente combustível neutro em carbono. “Chegamos a um acordo com a Alemanha sobre o uso futuro de e-fuels em carros”, twittou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

“Trabalharemos agora para que os padrões de CO2 na regulamentação de carros sejam adotados o mais rápido possível, e a Comissão agirá rapidamente em seguida com as medidas legais necessárias”, completou.

O ministro alemão dos Transportes, Volker Wissing, que havia insistido na questão dos e-fuels, afirmou que “os veículos com motores de combustão interna ainda podem ser registrados após 2035 se forem abastecidos exclusivamente com combustíveis neutros em CO2”.

Detalhes do acordo

O acordo faz parte das intensas discussões dentro do bloco sobre a proibição dos motores a combustão em veículos a partir de 2035. Enquanto alemães tentavam incluir os e-fuels, os italianos criticam a medida pela UE querer definir quais são os combustíveis e/ou tecnologias que os países do bloco devem usar.

No entanto, a produção dos combustíveis sintéticos ainda é muito cara e limitada, mas também impacta fortemente o uso de água. Para obter um litro desse tipo de produto, é preciso cerca de dois litros de água, com o custo final atual em cerca de 10 euros/l. (ANSA).

Críticos à proposta dos e-fuels argumentam que a fabricação desse tipo de combustível é muito cara e intensiva em termos de energia. Usar tais combustíveis em um carro com motor de combustão requer cerca de cinco vezes mais eletricidade renovável do que rodar um veículo elétrico com bateria.