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Concentração da produção de petróleo nas mãos da Petrobras cai para menos de 70%

concentração da produção de petróleo, nas mãos da Petrobras, caiu em 2022, pela primeira vez, na média anual, para menos de 70% desde a flexibilização do monopólio estatal, em 1997. E o movimento segue este ano.

Levantamento da agência epbr, com base em dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra uma desconcentração nos últimos dez anos: a estatal, que respondia por 90% de todo o volume de óleo produzido no Brasil em 2013, fechou 2022 com uma fatia de 68,3%.

No acumulado de 2023, essa participação se aproxima dos 64%.

Os dados levam em conta a participação líquida da Petrobras na produção nacional, considerado apenas aqueles volumes aos quais a empresa tem direito nos campos, com base em sua fatia nos consórcios.

Produção de terceiros atinge a marca do milhão

A parcela da produção de petróleo bruto de empresas que não a Petrobras ultrapassou a marca de 1 milhão de barris/dia no Brasil.

O patamar foi alcançado a partir do segundo semestre de 2022 e se consolidou assim este ano: no acumulado, até maio, a fatia de terceiros soma 1,1 milhão de barris/dia.

A Petrobras, no entanto, ainda é um agente dominante e responsável pela operação da maioria dos grandes projetos: os campos operados pela empresa respondem por 88% da produção nacional – o número, nesse caso, desconta os percentuais dos sócios.

Por que a concentração está em queda?

O crescimento da produção de terceiros, no Brasil, reflete, assim, em parte, o aumento da produção do pré-sal.

A Petrobras opera a maior parte de seus projetos na região em parceria com sócios – é o caso de campos importantes como Lula, Sapinhoá e Mero, na Bacia de Santos.

É por isso que Shell, Petrogal, Repsol Sinopec e TotalEnergies, importantes sócias da estatal no pré-sal, figuram entre as três maiores produtoras fora a Petrobras no Brasil.

O ano de 2022, por exemplo, marca a entrada da Shell e TotalEnergies nos contratos dos volumes excedentes da cessão onerosa de Sépia e Atapu. E foi também, no fim do ano passado, que a chinesa CNOOC ampliou a sua participação no projeto de Búzios.

O programa de venda de ativos da estatal, aliás, é outro importante marco na desconcentração do setor, nos últimos anos, sobretudo nos ambientes em terra e águas rasas.

Fonte: EPBR