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Desemprego fica em 7,7%, menor patamar desde 2015

A taxa de desemprego no País caiu de 8%, no fim do segundo trimestre, para 7,7% no terceiro trimestre do ano, menor resultado desde fevereiro de 2015, segundo os dados divulgados ontem pelo IBGE. Se considerados apenas trimestres encerrados em setembro, a taxa de desemprego é a mais baixa desde 2014, quando ficou em 6,9%.

Em apenas um trimestre, 929 mil pessoas passaram a trabalhar, totalizando um recorde de 99,838 milhões de trabalhadores ocupados no País. Ao mesmo tempo, 331 mil brasileiros deixaram o desemprego. A população desempregada caiu para 8,316 milhões, menor patamar desde maio de 2015. O total de inativos também diminuiu no trimestre – menos 222 mil pessoas nessa condição, totalizando 66,829 milhões fora da força de trabalho.

“Essa dinâmica positiva do mercado de trabalho que temos visto até agora pode ser explicada pelos dados de atividade econômica, que vieram mais fortes que o esperado no primeiro semestre. Daqui para frente, acreditamos que haverá uma desaceleração da economia. Essa perda de fôlego, entretanto, não deve fazer a taxa de desemprego subir”, escreveu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em relatório.

A melhora no mercado de trabalho tem influência tanto da sazonalidade favorável quanto da atividade econômica aquecida, sobretudo em setores prestadores de serviços, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. O avanço da renda e a abertura de novas oportunidades na formalidade (com carteira assinada) sinalizam ainda um emprego de mais qualidade.

“A queda da taxa de desocupação foi principalmente impulsionada pela expansão da ocupação. Há mais pessoas na força de trabalho enquadradas como ocupadas”, disse ela.

VARIAÇÃO. Houve geração de postos de trabalho em sete das dez atividades pesquisadas pelo IBGE: alojamento e alimentação (36 mil vagas a mais); informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (420 mil); administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (207 mil); construção (99 mil); comércio (134 mil); agricultura (48 mil); e transporte e armazenagem (123 mil). Na direção inversa, foram fechados 66 mil postos na indústria; 25 mil em serviços domésticos; e 41 mil em outros serviços.

Já o rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 1,7% na comparação com o segundo trimestre, R$ 49 a mais, para R$ 2.982. Em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 4,2%, R$ 120 a mais. •

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo