A confirmação de importação das empresas importadoras regionais filiadas à Abicom e a ampliação das importações da Petrobras, prevendo paradas técnicas de suas refinarias, praticamente eliminaram a possibilidade de desabastecimento de óleo diesel até dezembro, como o governo chegou a temer no final do primeiro semestre.
Na reunião de segunda-feira da Câmara de Abastecimento do Ministério das Minas e Energia, o clima de tranquilidade voltou aos participantes com a Agência Nacional do Petróleo informando que o mês de junho fechou com estoques de S10 em linha com o que já vinha sendo apresentado nas reuniões e que ampliação do déficit previsto para setembro será resolvido, já que as empresas conseguirão acomodar as necessidades com importação.
No mês de agosto, segundo a Abicom – que representa as empresas regionais – estão previstas a importação de 52 mil m³ de diesel S10 pelas suas associadas. A entidade defendeu que ainda é necessário um pouco mais de confiança nos movimentos da Petrobras para assegurar o abastecimento.
Mas parece claro que a própria Petrobras também já considera a questão do estresse sobre um eventual desabastecimento resolvido.
Na reunião do ministério das Minas e Energia, a estatal informou que está bem planejada e se preparando (elevação de estoques) para passar o período de paradas programadas de refinarias, com atendimento de seus compromissos comerciais.
Paradas
Segundo a Petrobras, haverá parada da Refinaria Planalto de Paulínia (SP) e na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (RJ) em agosto, setembro e outubro, e ainda uma pequena parada no HDT da Refinaria Gabriel Passos (MG).
Uma outra parada da Refinaria Presidente Bernardes (SP), que estava programada para novembro e dezembro próximos, foi postergada para fevereiro e março de 2023, de modo a dar mais tranquilidade. Em função disso, a Petrobras vem fazendo importações para complemento da oferta aos seus compromissos comerciais.
Também na mesma reunião, a Acelen (antiga Reginaria Mataripe da Bahia) informou que bateu recorde de produção de diesel S10 da unidade julho, com 253 mil m³ de S10 produzido, o que diminui ainda mais a pressão no mercado.
Fonte: JC Online