A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) realizou, ontem (04), uma reunião com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para relatar a questão emergencial da falta de óleo diesel S10 em diversas revendas do país, devido às falhas nas entregas do produto pelas distribuidoras.
A ANP destacou que está ciente do problema, tem acompanhado a situação de perto, porém, enquanto não for normalizado o ritmo de importações, uma vez que as refinarias nacionais não conseguem produzir todo o óleo diesel consumido no país, em especial o S10, o problema ainda persistirá. No momento, segundo a Agência, não há risco de desabastecimento nacional, embora reconheça que as situações pontuais têm atingido de maneira mais representativa os postos bandeira branca e os Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs).
Dois fatores contribuíram para o problema de suprimento de óleo diesel no país: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a elevação da cotação do barril do petróleo no mercado internacional. No Brasil, como se sabe, os preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras continuam defasados em relação à cotação internacional do petróleo, o que ocasionou redução significativa das importações de óleo diesel.
Conforme dados da ANP, em 2021, as importações de óleo diesel atingiram a média mensal de 1.203 mil m3, enquanto que no primeiro bimestre de 2022 essa média foi de 978 mil m3.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis