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Incertezas sobre dívida dos Estados Unidos influenciam fechamento do petróleo

Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta sexta-feira. A commodity chegou a ser apoiada pelo dólar fraco, mas não teve impulso, ainda em meio a dúvidas sobre a demanda futura, no atual contexto de aperto monetário para conter a inflação e consequente piora na atividade. A pressão do G7 para conter o preço do petróleo vindo da Rússia também esteve em foco.

O WTI para julho fechou em baixa de 0,35% (US$ 0,25), em US$ 71,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,37% (US$ 0,28), a US$ 75,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI avançou 2,36% e o Brent teve alta de 1,90%.

No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas fortes, o que tende a apoiar o apetite pelo óleo, já que neste caso os contratos ficam mais baratos para os detentores das demais divisas.

Já na frente geopolítica, o G7 endureceu sanções contra a Rússia, prometendo um cerco para evitar medidas que tentem burlar a pressão sobre Moscou por causa da guerra na Ucrânia. O grupo ainda condenou as ameaças russas de recorrer a armas nucleares.

Na avaliação da Oanda, o petróleo vinha tendo uma semana mais positiva, com melhora na perspectiva econômica dos EUA ante a chance de acordo para elevar o teto da dívida do governo federal. Ela aponta, porém, que ainda não há certezas sobre o tema, o que passou a influir negativamente nos contratos hoje. A Oanda ainda interpretou que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, abriu caminho para manutenção dos juros em junho, em declarações hoje, o que tende a apoiar o petróleo. Powell, porém, também se mostrou preocupado com a inflação ainda distante da meta e ressaltou que as decisões serão tomadas a cada reunião, a depender dos dados. De qualquer modo, a Oanda vê os contratos presos a uma faixa em pouco mais de US$ 70 o barril até haver mais evidência de um acordo no teto da dívida e que a inflação não acelerará mais.

Fonte: O Estado de São Paulo