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Ministro diz que Brasil quer evitar a importação de gasolina e óleo diesel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira (30/10) que o Brasil pretende ser autossustentável no setor de combustíveis, ou seja, produzir toda a quantidade consumida pelos brasileiros, mas sem se esquecer da meta de descarbonização até 2050.

“Buscamos a autossuficiência em combustíveis, com claros benefícios aos consumidores em termos de oferta e de preço dos produtos, bem como a redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa. É nesse contexto que destaco os esforços do Brasil em promover uma Transição Energética, justa e inclusiva, que se alinhe com as características de nosso País”, afirmou.

Segundo o ministro, o último governo tinha um foco diferente. “Nós tínhamos uma política do governo anterior completamente ao contrário, a Petrobras estava sendo preparada na verdade para ser vendida ao setor privado, nós entendemos que setores estratégicos como o de combustíveis devem ter uma mão firme do governo. Nós não abriremos mão de perseguir, a todo tempo, a autossustentabilidade dos combustíveis no Brasil”, explicou.

O Brasil ainda compra de outros países parte da gasolina e do diesel consumidos pelos brasileiros. “Nós importamos 12% ou 13% de gasolina e entre 20% e 22% de óleo diesel. Nós vamos suprir essa demanda tanto com a modernização das nossas refinarias quanto com a participação do biodiesel”, justificou Silveira. O governo anunciou um investimento de R$ 13 bilhões na Regap, em Betim, para aumentar a capacidade de refino de petróleo na empresa.

O ministro lembrou ainda que o governo federal enviou ao Congresso Nacional, no mês passado, o projeto de lei Combustível do Futuro, com a proposta de ampliar o percentual da mistura de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, numa tentativa de estimular a produção e o consumo do etanol. “Essa é uma lei que visa integrar as políticas de descarbonização”, disse.

Por fim, Alexandre Silveira destacou o aumento do percentual de biodiesel no diesel de 10% para 12%, em 2023, e para 15%, em 2026. O ministro esteve em Belo Horizonte nesta segunda-feira e participou do 1º Encontro de óleo, gás e biocombustíveis para o fortalecimento da cadeia de produção industrial e comercial brasileira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O encontro contou com a presença do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; do prefeito de Betim, Vittorio Medioli; além de técnicos e diversos empresários do setor.

Autor/Veículo: O Tempo