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Petrobras corta preço da gasolina e medida pode ampliar deflação

A Petrobras anunciou ontem corte de R$ 0,13 no preço médio de venda do litro da gasolina na refinaria, um corte de 4,66%. O preço passa a ser de R$ 2,66 por litro a partir de hoje. “Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 1,94 a cada litro”, diz a estatal.

Em nota, a empresa afirmou que mantidas as parcelas referentes aos demais agentes, conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10 deste mês, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro. A Petrobras afirmou que, na formação de seus preços, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio.

A redução anunciada ontem foi a segunda em praticamente um mês. Em 16 de maio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia anunciado uma redução de R$ 0,40 no preço da gasolina. A revisão foi comunicada pelo executivo durante apresentação das mudanças na política de preços dos combustíveis.

De acordo com o levantamento semanal da ANP, na semana de 4 a 10 de junho, o preço médio da gasolina subiu 4%, para R$ 5,42 por litro. O aumento refletiu a mudança no ICMS a partir deste mês, que passou a ser cobrado em uma única etapa da cadeia, e com uma alíquota uniforme e fixa por litro de gasolina, de R$ 1,22. Antes, a alíquota era um porcentual por litro, que variava de 17% a 23%, a depender do Estado.

DEFLAÇÃO. O corte de 4,66% nos preços de gasolina fez crescer a chance de uma deflação no IPCA de junho, conforme economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. A medida pode retirar até 0,03 ponto porcentual da inflação do mês.

Novo corte

A redução de preço da gasolina anunciada ontem foi a segunda concedida no prazo de um mês

“Eu já tenho deflação de 0,12% em junho e não mexo, porque teria de subir 0,02 ponto porcentual, já que a ANP veio fortemente na última semana”, afirma a estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo. Nas contas da analista, a redução dos preço terá impacto negativo de 0,09 ponto porcentual no IPCA de 2023, dividido entre junho (-0,02 ponto) e julho (-0,07 ponto).

O economista da Garde Asset Luís Menon ampliou a expectativa de deflação no IPCA de junho, de 0,02% para 0,05%, com o impacto negativo de 0,03 ponto porcentual calculado com a medida no mês. •

Fonte: O Estado de S.Paulo