O petróleo fechou em alta pela quarta sessão consecutiva nesta sexta-feira (15) e acumulou ganhos de mais de 3% nos contratos mais líquidos ao longo desta semana. Hoje, o principal fator que impulsionou os preços foram indicadores fortes de atividade na China.
O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para novembro fechou em alta diária de 0,46%, a US$ 90,02. Já o barril do Brent – referência global – para o mesmo mês subiu 0,25%, a US$ 93,93. Na semana, os avanços foram de 3,70% e 3,62%, respectivamente.
Um dos principais pontos de preocupação do ano quanto à demanda global, a fraca atividade na China deu sinais de recuperação na última leva de indicadores. Por lá, a produção industrial subiu 4,5% na comparação anual de agosto, enquanto as vendas no varejo aumentaram 4,6% no mesmo período. Ambos os números superaram com folga as estimativas do mercado.
A melhora da perspectiva de demanda da China, maior importador de petróleo do mundo, se juntou à previsão de oferta global cada vez mais apertada para impulsionar a commodity a novas máximas anuais. Bill Weatherburn, economista de commodities da Capital Economics, acredita que os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) vai pressionar o mercado mais do que o esperado e continuar apoiando os preços no ano que vem.
“Prevemos que o preço do Brent será de US$ 85 por barril no final do quarto trimestre de 2024, uma vez que a Opep+, ansiosa por explorar as reservas, começará a aumentar a produção só a partir de meados do próximo ano”, diz o analista em relatório.
Autor/Veículo: Valor Investe