Pular para o conteúdo

sindtrr

(11)2914-2441

PIB brasileiro surpreende no 2º trimestre e mercado prevê alta de 3% no ano

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,9% no segundo trimestre de 2023, na comparação com os primeiros três meses do ano. O mercado projetava 0,3% em média. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a alta foi de 3,4%. Indústria e serviços puxaram o índice. Apesar de o ritmo de crescimento ter sido menor do que o apurado nos primeiros três meses do ano (1,8%), economistas viram “resiliência” na atividade econômica e o mercado anunciou uma onda de revisões para cima das projeções para 2023. A média está agora em 3,1%. O desempenho da economia brasileira no trimestre foi o sétimo melhor do mundo, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating.

Pesquisa do Projeções Broadcast indica estimativas de até 3,3% para PIB no ano

Puxada pela indústria e pelo setor de serviços, a economia brasileira continuou a crescer no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,9% no período, na comparação com os primeiros três meses do ano – bem acima da mediana de 0,3% projetada pelo mercado. O dado foi divulgado ontem pelo IBGE. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a alta foi de 3,4%.

Apesar de o ritmo de crescimento ter sido menor do que o apurado nos primeiros três meses do ano – de 1,8%, dado que foi revisado pelo IBGE –, os economistas viram “resiliência” na atividade econômica. “Ficou melhor do que era esperado até há alguns meses, o que mostra que existe uma resiliência”, afirmou Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências.

Esse cenário, porém, tende a mudar nesta segunda metade do ano. Na avaliação do mercado, se o primeiro semestre foi marcado por crescimento, o segundo deverá ser de desaceleração, com a possibilidade até de leve recuo. “Eu trabalho com uma economia bem de lado neste segundo semestre”, disse Alessandra. “Esse contexto para a economia brasileira é de desaceleração. Estamos vendo a economia global perder força, e a economia brasileira deve sentir esse efeito”, completou Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank.

Um outro ponto para a desaceleração tem a ver com o aperto monetário. A queda da taxa básica de juros (Selic) leva um período para beneficiar a economia, e deve resultar em algum alívio para a atividade apenas no ano que vem. “É uma economia que deve esfriar (no segundo semestre) para depois começar a retomar ao longo de 2024”, afirmou Salles.

NO ANO.

Ainda assim, o mercado anunciou uma onda de revisões para cima das projeções para o PIB fechado em 2023. Entre outros fatores, essa mudança leva em conta o chamado carregamento estatístico (quando o resultado de um trimestre causa um impacto positivo nos seguintes, assumindo variação nula nesses períodos seguintes). Esse número já é de 3,1%, aumentando as chances de um número maior do que os 2,9% de 2022.

Pesquisa do Projeções Broadcast mostrou que a mediana para o PIB de 2023 subiu de 2,4% para 3%. As estimativas agora vão de 1,5% a 3,3%. Para o PIB do terceiro trimestre, na margem, a mediana passou de estabilidade (0%) para recuo de 0,1%. Já a projeção intermediária para o quarto trimestre saiu de queda de 0,1% para estabilidade. •

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo