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Preço do petróleo se aproxima dos US$ 95, nível recorde no ano

O preço do petróleo voltou a subir nesta segunda-feira, 18, no mercado internacional, atingindo o pico das cotações este ano. O barril do óleo tipo Brent fechou o dia cotado a US$ 94,30, um aumento de 0,39%, enquanto o petróleo WTI, referência no mercado americano, subiu 0,65%, fechando cotado a US$ 91,36. As cotações estão pressionadas por conta de dúvidas sobre déficit na oferta do produto, na esteira de decisões recentes sobre corte na produção da Arábia Saudita e da Rússia.

Por conta desses cortes, o presidente da petroleira Chevron, Mike Wirth, projetou que os preços atingirão a marca de US$ 100 por barril. Em entrevista à Bloomberg TV, o executivo atribuiu a valorização da commodity ao recuo dos estoques e ao aperto na oferta, em meio a cortes na produção de grandes exportadores, como os sauditas.

Wirth avaliou que as cotações estão em níveis acima da média histórica. “Mas já tivemos preços relativamente altos este ano e no anterior, e a recessão que todo mundo está comentando não chegou”, afirmou. “É um peso para a economia, mas um peso que a economia tem conseguindo tolerar.”

Em relação à produção menor, o ministro de Energia saudita, Abdulaziz Bin Salman Al Saud, afirmou nesta segunda-feira que os cortes buscam combater a volatilidade no preço da commodity.

Inflação global

Para a Oxford Economics, a recente escalada dos preços de petróleo pode retardar o declínio da inflação globalmente. Ainda assim, a consultoria considera improvável que o movimento afete os cálculos de bancos centrais para uma guinada para juros menores, a não ser que haja um salto substancialmente maior nas cotações da commodity.

A instituição estima que um avanço do ativo energético a uma média de US$ 95 ao longo de 2024 adicionaria 0,4 ponto porcentual à inflação ao consumidor do globo. Já um aumento a US$ 110 por barril elevaria o índice de preços em 0,9 ponto porcentual, a 5,1%, pouco abaixo da estimativa de 6,1% este ano.

O impacto, no entanto, seria limitado pelo crescimento econômico mais lento, no entendimento da Oxford Economics. De acordo com a análise, as preocupações referentes aos preços de energia até poderia impor mais cautela aos Bancos Centrais globais.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo