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Preços do petróleo encerram quarta semana consecutiva de altas da commodity

O petróleo fechou a sessão de hoje em alta firme e acumulou ganho acumulado de até 2%, marcando a quarta semana consecutiva de altas.

Após dois dias em que a commodity oscilou entre ganhos e perdas moderadas, os contratos foram impulsionados pela liberação de mais estímulos econômicos na China e um comentário de uma autoridade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que sinalizou disposição em cortar mais a oferta global, caso o cartel julgue necessário.

O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para setembro fechou em alta de 1,88%, a US$ 77,07, subindo 2,19% na semana. Já o Brent – referência global – para o mesmo mês teve aumento diário de 1,80% e semanal de 1,50%, a US$ 81,07 por barril.

O petróleo ignorou a contínua valorização do dólar hoje e focou em fatores importantes para a oferta e demanda global. No lado da demanda, a notícia de que as autoridades em Pequim anunciaram novas medidas para aumentar as vendas de veículos e produtos eletrônicos na China ressoou bem entre investidores.

Há esperança de que novos estímulos sejam adotados em breve para acelerar a recuperação tímida da economia chinesa. O Politburo, comitê executivo do Partido Comunista, se reúne no fim deste mês.

No entanto, após anos em que dificultou a vida das empresas, será difícil para Pequim impulsionar o investimento e as contratações no setor privado, alerta Julian Evans-Pritchard, economista-chefe para China da Capital Economics. “Embora partes do setor de serviços se beneficiem de uma postura oficial mais favorável, grande parte da cautela atual entre as empresas privadas reflete ventos econômicos contrários mais amplos contra os quais ajustes regulatórios têm efeito limitado”, diz o analista em relatório.

Já na parte da oferta, repercutiu no mercado uma fala do ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazroui, em entrevista à agência “Reuters”. Segundo ele, os cortes de oferta adotados pela Opep até agora são suficientes, mas outra mudança na produção do cartel “está a um telefonema de distância”, caso seja necessário.

Autor/Veículo: Valor Investe