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Redução das importações de diesel deve favorecer Vibra

As importações totais de diesel apresentam queda desde março, de acordo com relatório do Itaú BBA, e devem seguir nessa tendência, mesmo com ligeiro aumento em agosto. Conforme a análise, entre as razões para a queda estariam o aumento da oferta e o possível gap de preço da Petrobras (PETR4) em relação à paridade de importação.

O aumento de agosto, segundo o BBA, foi motivado por efeitos de sazonalidade e o mês também apresentou aumento de importações de diesel russo, em detrimento de outras fontes.

“Acreditamos que a combinação de aumento da oferta doméstica e a maior estabilidade de preços da Petrobras deve reduzir a atratividade do mercado brasileiro para importadores independentes, o que deve proporcionar um melhor ambiente competitivo para as maiores distribuidoras de combustíveis e, eventualmente, permitir a expansão das margens e a recuperação do ROIC”, diz a análise.

No setor, o BBA considera como preferida a Vibra Energia (VBBR3), com preço-alvo de R$ 19,30, por apresentar melhores condições para se beneficiar do cenário mais competitivo.

Aumento de participação da Vibra

Em termos de participação no mercado de combustíveis, a Vibra já aumentou sua fatia em julho e demonstrou que sua estratégia de recuperação de mercado está dando resultados, de acordo com o BBA.

As concorrentes Ipiranga (subsidiária da Ultrapar) e Raízen (RAIZ4) assistiram queda no mesmo período.

Dentro da divisão de mercado, a categoria de “outros distribuidores” (empresas com menor expressão ou players independentes) teve ligeiro aumento na participação de mercado também em julho.

Nos meses anteriores, os considerados “player independentes”, segundo o BBA, apresentaram aumento nas importações, o que explica os dados de participação de mercado.

Ainda que os dados de agosto ainda não tenham sido divulgados, o banco estima que a participação no mercado será reduzida, uma vez que houve diminuição de 56% nas importações em julho. Essa redução deve, inclusive, impulsionar um aumento de contratos com as maiores distribuidoras.

Avaliação de VBBR3 e UGPA3

Entre os nomes da cobertura do Itaú, Vibra e Ultrapar (UGPA3) se destacam, mas o valuation da primeira a torna mais atrativa, de acordo com a análise, com múltiplos P/E de 11,6x, abaixo da sua média de cinco anos.

A Ultrapar, por sua vez, negocia a 16X o P/E, perto de sua média histórica e tem preço-alvo de R$ 19,20 estabelecido pelo BBA.

Ambas recuaram nesta terça (19), com Vibra cedendo 1,09%, a R$ 19,12, enquanto Ultrapar recuou 2,19%, a R$ 18,75.

No ano, ambas têm se valorizado, com variação positiva de quase 23% para Vibra e de 51,8% para Ultrapar.

Autor/Veículo: InfoMoney