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Vendas de carros novos caem 14% à espera de redução de preços com medidas do governo

A média diária de vendas de carros novos em maio caiu quase 14% em relação a abril, à espera da entrada em vigor de medidas do governo que vão reduzir os preços entre 1,5% e 10,96% de modelos que custem até R$ 120 mil. Os números se referem ao período até segunda-feira, 29. Segundo anúncio feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, na quinta-feira, 25, carros mais baratos terão descontos maiores.

Fontes do setor automotivo dizem que o governo tem trabalhado muito no programa, que deve ser anunciado ainda esta semana. Será preciso a confirmação do Ministério da Fazenda sobre o impacto fiscal do pacote que deve beneficiar principalmente os carros de entrada. Não há informações se o anúncio já incluirá eventuais medidas para facilitar o crédito.

Na primeira quinzena de maio, os licenciamentos vinham em ritmo de alta, e a indústria automobilística acreditava que o mês poderia ser o melhor de vendas no ano. Com as notícias do pacote, as vendas começaram a desacelerar e, até segunda-feira, a média diária era de 7.284 unidades, ante 8.443 em igual período de abril — e quase 5% abaixo da média de maio do ano passado.

Lojistas afirmam que a queda não foi maior porque muitos dos licenciamentos feitos no período se referem a negócios fechados antes do anúncio. A medida vai beneficiar 40% dos modelos à venda no mercado que custam até o valor limite definido pelo governo.

O segmento de carros usados, que tradicionalmente acompanha o de novos na questão de preços, também está em compasso de espera, segundo a Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Um porta-voz da entidade afirma, porém, que é preciso esperar as medidas que de fato serão adotadas para avaliar eventual impacto.

É possível, segundo a Fenauto, que a faixa de preço de carros novos que terão algum benefício concorrerá diretamente com modelos seminovos, mas, como o ministro Fernando Haddad disse recentemente que a duração das medidas deve ser de três a quatro meses, “lá na frente o mercado se ajusta novamente”.

Fonte: O Estado de S.Paulo